Diariamente confronto-me com o facto de problemas graves não serem levados a sério, nem quando explicados com calma, nem com violência verbal.
Antigamente interessava-me saber o que toda a gente pensava, para poder observar diferentes prespectivas ou pontos de vista. Hoje sei que por trás desses pontos de vista existem centenas de milhares de filosofias que por vezes não me fazem sentido. E se de repente, em vez de andarmos a correr como baratas tontas, cada um por si parasse para pensar?
E ao olhar em volta, veria pessoas a correr, outros parados, outros ainda a abrandar, e que aos poucos a expressão de estranheza, se tornasse num sorriso gigante, mesmo entre estranhos.
Se a vida fosse levada de uma forma mais calma, toda a gente teria o tempo e dinheiro para os seus projectos. Não é necessário ter sempre todos os modelos topo-de-gama de tudo o que exista no mercado para sermos pessoas válidas, inteligentes, ou na moda. Se as pessoas se perguntassem de onde vem todo o lixo que diariamente compram para satisfazer o ego, as coisas seriam bem diferentes. Porque apesar dos telejornais sensacionalistas que nos mostram as desgraças, tirando as calamidades naturais, se tivessem preocupação em fornecer informação correcta, esses mesmo telejornais nunca diriam que a culpa é nossa. As nossas acções diárias comprometem tudo o que se passa à nossa volta. Cada um cria o seu próprio destino, mas grupos e "lobbies" criam o destino de todos, e esta é a realidade do Mundo desde a Antiguidade.
Tempo para pensar:
Comprar uma colher de pau, cebolas, batatas, cenoura, couve, sal e azeite. Chega a casa e faz uma sopa, e enquanto esperas pelo resultado final, pensa devagar em tudo isto que leste. Hoje em dia a mudança de uma pessoa significa a mudança de milhões de pessoas. Pensa que deixamos de melhorar o que os nossos antepassados nos deixaram, para fazer um empréstimo de ar, água e solo aos nossos filhos e netos.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
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