O espaço entre os dedos ela usava-o para esconder os mais variados objectos. Desde os 4 anos que todos os dias treinava insistentemente. Como era coreana, tinha as mãos mais pequenas e os dedos mais curtos que os outros mágicos do mundo inteiro, e por isso ela tinha de treinar sempre mais e mais. O seu objectivo era chegar a um grande feito, ou a um momento de entretenimento genuíno, cada vez mais difícil neste mundo movido pela globalização.
O seu forte eram flores. Em 8 minutos conseguia fazer aparecer à frente do público cinco mil flores. Todas elas feitas de papel e escondidas em todos os recantos do corpo de Young-Nyeo. A dança fazia parte do truque de encantamento para iludir o público, e conseguir tirar do corpo as pequenas flores de papel, cuidadosamente dobradas nos 3 meses anteriores.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Ela...
Ela olhava para ele da janela do quarto do segundo andar. Lá em cima, ela via como ele, introduzia em si mesmo o conteúdo inteiro da agulha através da ponta brilhante, fria e metálica. No fundo ela sabia que ele ia ter o mesmo destino do seu pai, pois a cocaína estava-lhes a ambos no sangue. Pelo menos agora, no dele estava, pois ela tinha presenciado.
Pensativa se havia de dizer ou gritar algo olhou para trás, e viu a pilha de roupa por cima da tábua de passar a ferro, os tachos ao lume, e quando deu conta de si, estava a contar o dinheiro que não chegava para o mês. Voltou à janela, mas ele já não se encontrava lá em baixo. Também que poderia ela fazer? O Mundo acaba sempre por nos mudar e nunca o contrário.
Pensativa se havia de dizer ou gritar algo olhou para trás, e viu a pilha de roupa por cima da tábua de passar a ferro, os tachos ao lume, e quando deu conta de si, estava a contar o dinheiro que não chegava para o mês. Voltou à janela, mas ele já não se encontrava lá em baixo. Também que poderia ela fazer? O Mundo acaba sempre por nos mudar e nunca o contrário.
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