segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não desisto

O arquitecto Hundertwasser escreveu o seguinte: "If we do not honor our past we lose our future. If we destroy our roots we cannot grow.” (Se não honramos o nosso passado perdemos o nosso futuro. Se destruimos as nossas raízes não podemos crescer.)

Muitos o consideraram louco durante muito tempo, mas manteve os seus ideais e a sua palavra enquanto viveu.

Tal como ele, não quero desistir de nada nem de ninguém, e quero manter ideais para que o meu mundo não desabe. Não vou desistir das pessoas à minha volta, por mais que não me entendam ou que me magoem. Não vou desistir de ter um objectivo que quero alcançar, mesmo com todos os obstáculos e dificuldades de tudo e de todos.

Se tiver que provar com mais esforços e mais trabalho assim será. Vou ouvir todas as critícas, sem ignorar ninguém, mesmo que sejam feitas por pessoas que só me vão fazer perder o meu tempo. Mesmo esses merecem atenção, porque devem ter vidas vazias, e a atenção que lhes dou é vital. Também aprendo muito com eles, aprendo os limites da minha paciência e da minha vida.

Mas volto ao início do ciclo, e penso, não desisto. Não vou desistir, nem de nada, nem de ninguém.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

sono

Já não são horas de aqui estar. Já não sinto os dedos. Já não sinto os olhos. Já nem sei onde estou, se na sala se noutra divisão. Ao longe ouço ruídos estranhos da rua, que se parecem cruzar com as minhas mãos e com os meus olhos, que tendem a fechar.

Levanto-me, guiado pela voz dele. Cada passo que dou ouço mais uma palavra. Porque é que não me revolto e parto para outro lugar? Porque é que não fujo para que este problema desapareça?

A profundeza da noite envolve-me e não me deixa tornar real o meu instinto mais básico. Tenho de ficar. Tenho de melhorar. Tenho de me melhorar. Tenho de o melhorar. Tenho de... continuar e construir a minha felicidade na felicidade dele.

Aos poucos deixo de ser uma palavra estrangeira na minha própria língua.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Thriller

Saí de casa, e na minha cabeça ia apenas a canção dos "A Naifa - calças vermelhas". Como eu gostava também de ter umas calças vermelhas. Imagino-as com uma risca preta da cintura até aos pés. Imaginei também uma rua iluminada pela luz da meia-noite.

Depois pensei, mas o Michael Jackson já fez isso à 25 anos... e foi então que me deu o tic-tac do relógio, e era também o meu dia de anos.

Sem contar com nada, vi um embrulho. Por fora dizia várias coisas, como "Nem sabes o que aconteceu"ou "Surdos-mudos que rapam?", e lá dentro estava a resposta de eu ter acordado a pensar em calças vermelhas.

Agora o meu tempo livre é passado a fazer coreografias. É lamentável mas é verdade. Ponho o pequeno objecto redondo de plástico de parte por uns momentos. Lembro-me da razão do objecto, e recuo no tempo.

Abri os olhos e ainda estou no jantar. Olho à minha volta e estão quase todos lá. Uns esqueceram-se, outros não disseram nada. Talvez tenham dito, já nem me lembro a minha cabeça não está boa. Porque é que é tão difícil juntar todos agora? Fico contente por ainda conseguir pôr todos (não a uma mesa mas em duas - burocracias do restaurante) juntos.

Parece-me que ainda faltaram uns 10. E é mesmo assim. Estou cada vez mais dependente das pessoas. Vá, e uma vez por outra de umas calças vermelhas.... mas é só na passagem de ano, e é só para o Thriller.

Hoje acordei com desejo de panados de tofu... será que isso também terá uma explicação? Vou correr os albuns que tenho na sala....

... entretanto, vou continuar com o Thriller.

Wha wha.

uau uau

u u
.