Já não são horas de aqui estar. Já não sinto os dedos. Já não sinto os olhos. Já nem sei onde estou, se na sala se noutra divisão. Ao longe ouço ruídos estranhos da rua, que se parecem cruzar com as minhas mãos e com os meus olhos, que tendem a fechar.
Levanto-me, guiado pela voz dele. Cada passo que dou ouço mais uma palavra. Porque é que não me revolto e parto para outro lugar? Porque é que não fujo para que este problema desapareça?
A profundeza da noite envolve-me e não me deixa tornar real o meu instinto mais básico. Tenho de ficar. Tenho de melhorar. Tenho de me melhorar. Tenho de o melhorar. Tenho de... continuar e construir a minha felicidade na felicidade dele.
Aos poucos deixo de ser uma palavra estrangeira na minha própria língua.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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